Comércio de vasos de xaxim é
proibido na Capital
Comerciantes têm até 90 dias para vender seus
estoques. Multas para quem desrespeitar a lei municipal varia
de R$ 100 a R$ 500 por cada unidade vendida
O comércio de vasos, estacas e placas feitas do xaxim
Dicksonia Sellowiana está proibido na cidade de São Paulo. A
Lei 13.442, publicada no Diário Oficial do Município na última
segunda-feira, estabelece que os comerciantes do produto têm
até 90 dias para vender o estoque. A multa para quem
desrespeitar a lei varia de R$ 100 a R$ 500 por unidade.
Segundo o autor do projeto, o vereador João Antonio (PT), o
xaxim é uma espécie em extinção. “É uma planta que demora 30
anos para se tornar adulta, mas em cinco minutos é destruída
pelo homem”, explica. “A proibição do xaxim é uma
reivindicação antiga das entidades ligadas ao meio ambiente”,
completa. A fiscalização da lei será feita pela Secretaria
Municipal de Abastecimento. “O xaxim é uma espécie da Mata
Atlântica que corre o risco de desaparecer da nossa flora”,
alerta o vereador.
Segundo Wilson Lima, gerente executivo estadual do Ibama, a
fibra do coco é uma alternativa ao uso do xaxim. “Já existem
fábricas que usam o material. Uma delas fica em Mauá, na
Grande São Paulo”. Segundo o gerente, grande parte do xaxim
que chega a São Paulo vem de Santa Catarina.
Mata Atlântica
Originalmente, a Mata Atlântica era distribuída em uma área
superior a 1,3 milhão de quilômetros quadrados. No total,
passava por 17 estados brasileiros e equivalia a 15% do
território nacional. Com o desmatamento, ela foi reduzida a
menos de 8% do total, ou cerca de 100 mil quilômetros
quadrados.
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