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SEXTA-FEIRA, 20 de agosto de 2004 |
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JARDINAGEM-Profissionais buscam
alternativas para compor o paisagismo
Fibras e cascas
de coco substituem o xaxim
Matérias-primas
abundantes na natureza são utilizadas na fabricação de vasos e
placas em jardins |
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Placas e vasos
produzidos com fibra de coco (esquerda) são uma
alternativa na substituição do tradicional
xaxim. |
| | Por
força da resolução 278 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), que proíbe o corte e extração plantas ameaçadas de
extinção da Mata Atlântica, os profissionais do paisagismo
estão buscando novas alternativas para ornamentar os jardins.
Uma delas é a substituição do tradicional xaxim (Dicksonia
sellowiana), também conhecido como samabaia-açu ou samambaia
imperial), por produtos derivados do coco, na produção de
vasos e placas para o cultivo de outras plantas.
Esses
materiais ornamentais destinado ao cultivo de outras plantas
estão sendo produzidos a partir dos resíduos do coco verde,
largamente consumido no Brasil, que geram uma grande
quantidade de lixo. Em média, as cascas de cocos levam dez
anos para se decompor na natureza. Apenas na cidade do Rio de
Janeiro (RJ) são geradas 600 toneladas diárias desse resíduo,
cujo custo administrativo (transporte para aterros sanitários)
representa R$ 135 por tonelada. Estima-se que para cada coco
consumido, gere em média ¼ kg de resíduo.
Uma das
empresas que está apostando nesse caminho, a Coco Verde, do
Rio de Janeiro passou a reciclar esses resíduos, produzindo
mais de 100 itens utilitários, como vasos, placas e palitos
para paisagismo, forragem, substrato, material de decoração,
etc.
Praticidade
Conforme explica o
diretor da empresa Rey Sol, distribuidora do material
reciclado no Paraná, Auguste Lepoutre, apesar de o preço ser
mais caro do que o xaxim (cerca de 30%) – um vaso de 1,5 litro
custa R$ 10 –, o vaso de coco apresenta vantagens devido às
suas características e, também, por ser um material ecológico,
cuja extração não agride a natureza. Entre essas
características está a drenagem da água no vaso. “Por ser mais
poroso, a água flui melhor. Com isso, a raiz da planta corre
menos risco de apodrecer por excesso de umidade”, argumenta. A
vida útil de um vaso desse modelo é de aproximadamente cinco
anos. |
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